No
dia de Todos os Santos finadas esperanças do Brasil com PIB em ascensão ficaram no limbo.
A crise internacional lançou-nos em queda livre e, na expectativa descendente, restou-nos a preocupação com a profundidade do buraco.
Há momentos em que psicólogos gerariam mais resultados e confiança no mercado do que economistas, na minha opinião. As bolsas sobem e descem a cada instante, num gráfico nervoso sintonizado com nossos eletrocardiogramas.
O Brasil vai ser muito afetado? Não tenho a resposta. Aliás, ninguém a tem. Mas os orçamentos se restringem e a onda crítica envolve a todos.
|
Há quem perceba as oportunidades e, estando preparado, surfa o verão todo, enquanto a caravana passa cabisbaixa e resignada.
Já no dia da Confraternização Universal os jornais nos acordaram com a nova manchete da hora que passou a integrar nossas preocupações imediatas, além da sempiterna crase: a globalização do português obriga-nos a voltar a estudar suas novas regras gramaticais.
Caem os decorativos tremas e hífens que se destacavam inutilmente em palavras compostas.
Aqui na Callmunity entender e ser entendidos por todos os lusófonos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Damão e Diu, Dadrá e Nagar-Aveli, Goa, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Ufa! Ao todo somos mais de 200 milhões neste vasto mundo!
O português espalhou-se por aí justamente por causa da globalização dos séculos XV e XV pautada na busca de mercados fornecedores de especiarias e outras matérias-primas.
As Grandes Navegações em toscas naus semearam nossa língua a cada descoberta; agora com a navegação pela Internet em banda larga podemos e devemos nos aproximar, fortalecer os laços que nos unem e nos enriquecer com tamanha diversidade cultural.
A crase e a crise estão aí nos desafiando. E, como navegar é preciso¹, levantem as âncoras e joguem-se ao mar de oportunidades.
¹ N.A.: "Navigare necesse; vivere non est necesse" - frase em latim de Pompeu, general romano, 106-48 aC., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra, cf. Plutarco, in Vida de Pompeu]
|
Adolfo Breder ( [email protected] ) é formado em Física, diretor da Callmunity ( www.callmunity.com ), palestrante, treinador e consultor nas áreas de Marketing de Relacionamento, Responsabilidade Social e Telemarketing.
Este artigo foi publicado originalmente no portal Nós da Comunicação onde o autor é colunista.
Imagem: www.dreamstime.com - royalty free images
|