- Existe alguma “estratégia” desenhada pela equipe de avaliadores com o objetivo de detectar falhas no perfil e conduta dos candidatos?
- Os avaliadores estão ou são capacitados e experientes para realizarem tal tarefa?
- Qual o nível de stress, ansiedade, paciência, motivação, nervosismo e tranqüilidade encontrados nos avliados e avaliadores?
Bem, acredito que se você não tem todas as respostas, no mínimo, está refletindo sobre elas.
Algumas certezas sobre Dinâmicas de Grupo talvez ajudem. Todas elas têm caráter eliminatório nos processos seletivos. Portanto, se reprovado, o candidato, perde as chances de concorrer à vaga desejada. Sendo assim, já que não é segredo para ninguém, o nível de equilíbrio e controle emocional do candidato é mínimo.
Com relação às “estratégias” utilizadas por alguns grupos de avaliadores, algumas são tão desafiadoras que podem assustar. Já presenciei um processo no qual a equipe que realizava o processo seletivo, desempenhava “papéis”, alterando seus comportamentos para criar ora um clima positivo e ora negativo nos candidatos. Por exemplo, um entrevistador dizia ao grupo: “não estou de brincadeira e nem posso perder meu tempo com vocês, sejam rápidos em suas apresentações”, ou ainda uma outra avaliadora, “mascando chicletes”: “e aí gente, vamos relaxar, fiquem à vontade, já passei por isso, vocês tem todo o tempo do mundo para falar sobre vocês, quem começa?”.
Parece surpreendente, mas é verdade. O objetivo é exatamente o de avaliar, perceber, detectar comportamentos verbais e não-verbais nos candidatos que sirvam de subsídios na construção de suas avaliações finais.
Se nos afastarmos dos modelos mais “estratégicos” e considerarmos os processos mais comuns, ainda assim, será necessário refletir a partir das perguntas que vimos acima.
Não podemos nos esquecer que componentes emocionais estão impregnados em nosso ser à medida que vivemos nesse mundo. Ao acordar, eles automaticamente se tornam perceptíveis a nós mesmos e aos outros através de nossa fala, nosso comportamento, pensamentos e atitudes.
Fica muito mais fácil para nós seres-humanos lidarmos com o que é conhecido a cada um de nós. E com as certezas que temos sobre todas as coisas.
Partindo deste pensamento, nervosismo, insegurança, medo, angústia, euforia, são as principais “certezas” do que poderemos sentir nos processo seletivo. Portanto, prepare-se! Trace você mesmo as suas estratégias!
Quer uma ajuda?
Fique atento aos sinais não-verbais, no comportamento, discursos e atitudes um pouco exageradas ou surpreendentes, provenientes dos avaliadores, por exemplo, mascar chicletes, entrar na sala fumando, falando muito alto, no celular, discutindo com alguém, frases grosseiras ou muito à vontade, com gírias. Isto pode ser o que chamamos de “pegadinha”!
As dinâmicas são para avaliar comportamento. Todas às vezes que precisamos fingir ou mentir, o cérebro “trabalha” mais para criar e tornar real essa situação e como conseqüência nosso comportamento denuncia isso. Seja natural, o máximo possível.
Se você quiser tomar alguma atitude durante a dinâmica (é o ideal!), fale com o grupo, dê idéias. Participe, mas não esqueça, a atividade é em grupo, deixe os outros participarem com suas opiniões, não seja crítico e nem aceite tudo, caso não concorde com algo, dialogue com os integrantes do seu grupo com tranqüilidade, foco e muita atenção. Lembre-se: toda dinâmica tem solução!
RESPIRE! Use o diafragma! Você não vai querer prejudicar seu desempenho, depende de você. Geralmente, em entrevistas e dinâmicas, nossa respiração é a Superior, em matéria de localização e uso do ar (aquela em que nossos ombros quase “encostam-se às orelhas” e o “peito quase saí pela boca”!) que é desfavorável nessas ocasiões.
Não se esqueça, você é o gerenciador de si mesmo. Durma cedo e o suficiente para acordar renovado e com energia. Nada pior do que “bocejar” o tempo todo durante a dinâmica.
Evite alimentos pesados no dia anterior, ingestão de álcool e bebidas gasosas que afetarão seu desempenho verbal.
Concentre-se. Fale sobre você somente o necessário. Não dê detalhes íntimos e pessoais. Seja breve, simpático, sorria, estude seu currículo para não passar informação diferente durante sua exposição oral. Não minta e não invente!
Por fim, para pensar, uma frase de Max Geringher – Consultor Empresarial:
“Se você fez tudo certo e ainda assim não foi aprovado, não é você que não serve para a Empresa, é esta Empresa que não serve para você!”.
Sucesso!
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