A teoria de Maslow declara que carecemos, numa escala crescente, de uma série de cuidados e amparos do meio, sem os quais, dificilmente chegaríamos ao topo da pirâmide. Ou seja, alcançaríamos o sucesso. O autor cita no meio dessa pirâmide, a necessidade social ou de afeto, Maslow (como eu) era sabedor de quão importante é satisfazer as necessidades que mantêm nossa sobrevivência para depois sabermos que pertencemos a algum lugar e a um grupo. Essa descoberta foi um achado, desde então temos um Marketing que vem investindo em desvendar as mais diversas necessidades humanas.
Isso funciona como um passe de mágica. A cada compra temos a ligeira sensação de bem-estar e pertencimento. Quem não quer ficar tão linda, com os cabelos lisos e soltos como as apresentadoras dos telejornais? Ou quem sabe com o corpo sarado e esbelto como as meninas e os meninos das novelas? A condição de aceitação de nossa imagem pessoal perpassa pelo olhar social de aprovação e sem o qual nos faz alimentar a baixa-estima.
Não muito longe de nós, temos um número infinito de pessoas que dariam tudo por tais sensações, mas, no entanto, elas ainda estão numa escala inferior da pirâmide, persistindo bravamente na luta pela sobrevivência e pela saída da marginalidade à qual estão expostas. O que significa que sua necessidade de pertencimento está latente. Quando nos deparamos com tal cenário, a “simples” possibilidade de abrir um crediário e poder levar para a casa a tão sonhada televisão é motivo de uma visível alegria e satisfação! Temos aí, mais uma vez a venda fazendo o seu papel social!
Agora consideremos o movimento emergente da venda da imagem social da empresa. O que vemos nele? Uma série de questões sérias fazendo parte de uma crescente preocupação por parte do empresariado. A Responsabilidade Social passou a ser uma moeda valiosa de troca. Se por um lado vendemos uma imagem solidária e acolhedora, por outro temos um cliente que precisa ser resignificado nos seus desejos e anseios. Essa troca ou venda, se assim preferirmos, faz- nos criar um elo de ligação, tornando-nos parte do processo de resgate da dignidade, da cidadania e de tudo o mais que todo ser humano tem direito.
Trilhar este caminho faz-nos sentir co-participantes dessa busca de pertencimento. Diante de clientes tão especiais e tão sofridos, é grandioso e belo o papel social das vendas!
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