Muitas torrentes.
Muitas tormentas.
O ciclo girando,
Seguindo sua rotineira rotação.
Onda vai,
Onda vem.
Lua vai,
Lua vem.
Gota vem,
Gota cai.
O barulho é uma constante.
Tormenta vai,
Tormenta vem.
Enxugo as gotas.
Encaro o mar.
As pedras continuam lá.
Apago a casa.
Tormenta vem, tormenta vai...
O mar, simplesmente, existe...
Dentro e fora de mim.
Quando não me faço entender
Por não encontar palavras
Não tente teclar “Sap”
Seria apenas a tradução
Daquilo que não interpretei
Mas que naquele momento representei
A falta de palavras
Nem sempre vem acompanhada
Da falta de ar
Sufoca, esvazia
Aperta, invade
Tenta-se desesperadamente
Deus meu!
Permita-me avistar ao menos
Meu próprio óvulo
E se faça o início da criação
Da minha cria-dor
Nunca se parte do nada
Mas sempre existirá a incerteza
De um lugar além
Busco a serenidade do retorno
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