Mateus 6:24
- "Nenhum homem pode servir a dois Senhores. Porque há de odiar a um, e amar o outro, ou então ele segurará a um e menosprezará o outro. Não não podes servir a Deus e ao dinheiro."
A quem devemos nosso afeto? Nós abençoamos os acionistas sem pensar em qualquer outra coisa ou nós levamos em consideração as obrigações éticas e ambientais? É possível encontrar um equilíbrio entre os dois?
The Wall Street Journal informou que Rick Wagoner, o presidente e CEO da General Motors, anunciou no domingo, 13 de janeiro de 2008 que a companhia estava comprando uma participação acionária da Coskata. Coskata, Ela era uma companhia iniciante em Warrenville, Illinois, que planejava fazer etanol sem o uso de milho. A G.M. não anunciou quanto pagou, nem o percentual de ações que eles levaram da companhia. Este foi o primeiro registro de uma indústria automobilística investindo em fontes alternativas de combustíveis. Este era um ato de responsabilidade ambiental? "Eu realmente não vejo a lógica disto", disse Christopher Flavin. Ele é o presidente do Instituto Worldwatch, um grupo ambiental de Washington. Ele acredita que a G.M. deveria concentrar emmaximizar a economia de combustível da sua linha atual. Lee Schipper, da Universidade da Califórnia em Berkeley, concedeu um selo de aprovação para o projeto. |
"O etanol feito de lixo poderia resultar em substancialmente menos carbono por quilômetro." Em seguida disse no artigo, "Por que esperar por outra pessoa para investir? "
Em um movimento semelhante, a Wal-Mart http://www.walmartbrasil.com.br/sustentabilidade/home/ recentemente "ajudou a reduzir a embalagem de um brinquedo popular. Como resultado, eles puderam transportar o produto usando 230 menos containers, economizando 356 barris de petróleo e 1300 árvores." Constance E. Bagley escreve no seu livro Managers and the Legal Environment, "Os assuntos relativos a responsabilidade social surgem nas áreas de segurança de produto, condições de trabalho e trabalhadores estrangeiros mal pagos, propaganda, campanhas, violações antitrustes, conflitos de interesses com clientes, caixa dois e empresas de Internet." A maioria das companhias possuem uma grande mancha cinza sob o ângulo da responsabilidade social. Nos idos de 1990, por exemplo, a Wal-Mart clamava que seus produtos eram produzidos nos EUA. Na verdade porém, crianças de 12 anos de idade estavam fazendo o produto em uma fábrica insalubre de Bangladesh. Agora a Wal-Mart coloca claramente a origem nos rótulos dos seus produtos, com a frase "Economize Dinheiro, Viva Melhor". Eles aliviam a consciência do consumidor com a promessa de viver melhor gastando menos dinheiro. Recentemente eles [Wal-Mart] adotaram padrões sociais e ambientais. Em esforços adicionais para limpeza total de suas políticas sociais, o Wal-Mart também começou a apoiar companhias locais, como a Nectar of Life Coffee Company. uma empresa 100% certificada para o Comércio Orgânico e Justo de café, baseada em Spokane, Washington, e a Coeur d'Alene, Idaho. A Wal-Mart ajudou a melhorar a imagem delas nesta década e está pagando pela sua produção. Assim eles aumentaram a quantidade de produtos orgânicos (colheitas realizadas sem praguicidas e herbicidas prejudiciais) vendidos nacionalmente nos EUA.
A Wal-Mart também começou a construir lojas "verdes" para satisfazer as sua necessidades de energia. Você pode ver no seu site mais informações de como a empresa está tentando, "vender mercadorias com preço justo e, ao mesmo tempo, reduzir a desgaste ambiental". Com a G.M. interessada na limpeza ambiental, você pode esperar que mais companhias encontrem opções para competir na oferta de alternativas para os combustíveis fósseis, energia e outros recursos naturais. Vários países ao redor do mundo estão mudando seu foco para atender suas necessidades por combustível alternativo.
Foi publicado no New York Times na mesma época um artigo de James Kanter, a Europa está considerando a proibição das importações de certas colheitas de biocombustíveis que não respeitam a sustentabilidade. Em países como a Malásia e a Indonésia, o desmatamento em massa está acontecendo em razão do esforço para plantar árvores de palma para a exportação de óleo de palma. Este óleo é atualmente uma de muitas colheitas que estão sendo produzidas para uso como alternativas para o combustível fóssil. Embora o consumo de etanol na Europa só seja de 1% a partir de 2005, eles estão prevendo um impacto em se usar comida para combustível (N.T.: Em 2005 o consumo diário na Europa era de 15mil barris/dia. Em 2010 já estava em 71mil barris/dia. Leia +). "Os fazendeiros que plantam milho para a produção de etanol também poderiam ser afetados, porque as regras européias contêm providências em preservar pastagens", disse Matt Drinkwater, analista de biocombustíveis do New Energy Finance de Londres.
Com todos os esforços para reduzir o impacto global nós estamos realmente fazendo alguns progressos? "Um grnde número de estudos desacreditam algumas das reivindicações feitas por produtores de biocombustíveis, de que estes combustíveis ajudam a reduzir os gases de estufa por diminuir o consumo de combustível fóssil e aumentar a fixação do CO2 com o cultivo das plantas. O aumento do volume das colheitas e a sua transformação em combustível podem resultar em consideráveis danos ambientais." (New York Times, 15 de janeiro de 2008). Assim, transformar comida em combustível não é, afinal de contas, uma boa idéia.
Os acionistas da G.M. podem não ter concordado totalmente com a escolha financeira de Wagoner, mas talvez o anúncio dele tenha ajudado a impulsionar o preço das ações, com as percepções da "mudança" dos padrões da companhia. A meta de melhorar o desempenho das ações na bolsa poderia ser tão simples quanto mostrar o seu cuidado com a Terra. Na sua busca pelo biocombustível, Wagoner e a G.M. entraram no mundo desconhecido do etanol feito de lixo. Para o patrimônio líquido da G.M. a manobra provavelmente tenha sido vista como muito inteligente.
Há uma onda crescente de consumidores que demandam demonstrações de responsabilidade financeira e ambiental das empresas. Eles estão de olho em comerciais de empresas como a Subaru que diz ter 0% de desperdício em suas fábricas; A McDonalds, que comprou $3 bilhões em materiais feitos de produtos reciclados; A Ford que criou um novo veículo de luxo "livre-de-culpa", feito de materiais reciclados. Até mesmo o couro é livre de cromo. Apenas é aparente a lógica de que as companhias restringem seus investimentos para aquilo que a América está comprando. Claramente, a América quer produtos para trabalhar.
|